É grande
o número de usuários de computador, estudantes, ou profissionais
atuando na área de informática que ao terem contato com a programação
sentem-se desafiados a criar um jogo. O fascínio que essa criação
exerce ainda precisa ser melhor estudado, mas não há como negar
que ele é forte e que muitas vezes impulsiona decisivamente o interesse
profissional por alguma carreira relacionada à computação.
Está crescendo
também o interesse pela criação de jogos, com origem em outros segmentos
da atividade intelectual. Cada vez mais designers e programadores visuais
se interessam em aprender e compreender este universo. Não é raro encontrarmos
teses de graduação, em cursos de Desenho Industrial, que abordem
o tema. Outras áreas, como psicologia, pedagogia e educação estão voltando
seu interesse para o que convencionamos chamar de design de jogos.
Já é perceptível
que a criação em sí, de um jogo, deixa de ser uma exclusividade de setores
específicos da programação, para se tornar uma atividade bem mais ampla.
Portanto, se você esbarrar com um psicólogo ou educador que crie jogos
de computador, não se assuste: hoje em dia isso seria perfeitamente natural.
Na
prática, ainda é significativa a presença de autores programadores,
mas este perfil tende a mudar na medida em que aumenta o predomínio de
ambientes operacionais visuais e os recursos de multimídia dos computadores
são aperfeiçoados. Nestes casos, o conhecimento de programação torna-se
menos importante que o conhecimento acerca de comunicação visual e principalmente
acerca de toda a criação artística envolvida no processo. Mas atenção,
assim como o conhecimento técnico de programação não garante a capacidade
de criar-se um jogo, apenas a aptidão para as artes também não o garante.
Estamos tratando de algo mais elaborado, mais conceitual: a comunicação
efetuada principalmente através de imagens e interatividade.
Tente fazer
Imagine um jogo que gostaria
de fazer e procure listar as atividades e conhecimentos que seriam necessários
para a sua realização. |